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domingo, 28 de agosto de 2011

X-men: First Class (2011)

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Longe vão os tempos que despendia todo o meu dia a ler banda-desenhada. Desde o Homem-aranha ao Batman, vários os livros na colecção do meu primo que me fascinavam. Assim, desde pequeno que as aptidões sobre-humanas me fascinam. O poderes, o combate ao mal, a diferença, eram aspectos que me fascinavam e fascinam. Por outro lado, os filmes, nunca me cobriam o buraco deixado pelos livros. As suas adaptações são pobres, irreais e transferem a imagem errada destes super-heróis.
X-men, por outro lado, não se destina a combater o inimigo às escuras. Destina-se aos problemas éticos que ocorrem entre humanos e mutantes. As BD não mostravam apenas super-poderes e fatos espectaculares. Por vezes, num ou outro destes filmes de super-heróis, nota-se a agonia dos mutantes, dos heróis, face aos desconhecimento dos humanos. Nós vemos super-pessoas com poderes imaginários e nunca nos lembramos do outro lado da moeda. Nunca nos ocorre como é que a sociedade nos aceitaria.
X-men: First Class, é um dos movimentos mais utilizados do século XXI: a prequela. Mas mais que a prequela, neste episódio de X-men que marca o início deste grupo, mostra também o mundo com o antes e o depois de conhecerem os mutantes. Não é apenas a porrada e o show-off dos poderes, é também uma visão humana daquilo que seriam os mutantes na nossa sociedade.
O casting, a realização e o produto final cumprem os objectivos de bilheteira e quase que chegam para encher as medidas. Mas não saio desiludido. Não é capaz de me fazer reviver a nostalgia da minha infância (que já há muito não espero destes filmes), mas mostra-me o poder mais adulto que na altura eu não sabia nem queria saber: os mutantes são pessoas com sentimentos.
nota-7

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