Há filmes que mudam a nossa vida. Filmes que não são obras-primas, filmes que, muitas vezes, são clichés. Mas, de certa forma, gostamos de os ver. Às vezes não esperamos grande coisa e “boom”! Quem é que nunca esperou pouco de um filme e este, afinal, surpreende? Quem é que não dava dois tostões por um filme mas por alguma razão insignificante viu o filme e até gostou?
O filme que vos falo é One Day. Que o livro era bom, sabia eu. Mas um pouco céptico vi o trailer e pareceu-me bem. Mas, afinal, todos os trailers, hoje em dia, são bons.
O filme tem uma storyline interessante. Só um dia, em cada ano. Sempre o mesmo dia. Sempre as mesmas personagens e a sua história. Mas sempre acontecimentos diferentes. E se, por um lado, a sonoplastia nos cobre, os actores mostram que foram feitos para aqueles papéis. Assim como o enquadramento perfeito da história sem nunca nos fazer perder mas a divagar. Sem nunca nos afastar-mos. De certa forma, parece que pertencemos àquele filme. De certa forma, fazemos uma introspecção da sua vida.
Mas a razão pelo que vi é insignificante, mas vi-o. E não me arrependo. Quase que me enchia de lágrimas naquela sala de cinema. Agarrei-me à minha companhia e sorri. Porquê? Porque há filmes assim. Porque o Cinema é uma arte. E é sempre bom relembrar-mos isso.