BeRuby

Embaixadores

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscares 2011

A gala dos Oscares deste ano não teve grandes surpresas e pelos comentários que li foi bastante enfadonha. Apesar de gostar de saber os vencedores, não me dou ao trabalho de ver a emissao. É demasiada demagogia e hipocrisia. Tudo muito bem ensaiado para ninguém falhar, discursos todos preparados e tudo previsível. Mas apesar disso, segue a lista dos vemcedores:

Melhor Filme - O DISCURSO DO REI 
Melhor Realizador - Tom Hooper com O Discurso do Rei 
Melhor Actor Principal - Colin Firth com O Discurso do Rei
Melhor Actriz Principal - Natalie Portman com Cisne Negro
Melhor Actor Secundário - Christian Bale com The Fighter
Melhor Actriz Secundária - Melissa Leo com The Fighter
Melhor Filme de Língua Estrangeira - In a Better World (Canadá)
Melhor Filme de Animação - Toy Story 3
Melhor Filme de Terror - O discurso do Presidente
Melhor Argumento Original - O Discurso do Rei
Melhor Argumento Adaptado - A Rede Social
Melhor Banda Sonora Original - Trent Reznor e Atticus Ross com Rede Social
Melhor Canção Original - We Belong Together (Toy Story 3) 
Melhor Direcção Artística - Alice no País das Maravilhas por Robert Stromberg e Karen O'Hara
Melhor Fotografia - A Origem
Melhor Guarda-Roupa -Alice no País das Maravilhas
Melhor Montagem - A Rede Social
Melhor Caracterização - O Lobisomem 
Melhor Som - A Origem 
Melhores Efeitos Sonoros - A Origem
Melhores Efeitos Visuais - A Origem
Melhor Documentário - Inside Job
Melhor Documentário de Curta-Metragem - Strangers No More
Melhor Curta-Metragem de Animação - The Lost Thing
Melhor Curta-Metragem de Imagem Real - God of Love


Faço minhas estas palavras aqui:
http://dialpforpopcorn.blogspot.com/2011/02/oscars-2011-comentario.html

Eu nem vi a emissão mas tenho a mesma ideia sobre os Oscares.

There will be blood (2007), por Ricardo


Grande filme. Memorável performance de Daniel Day-Lewis (Daniel Plainview).

O Oscar de melhor actor foi uma escolha óbvia no inicio de 2008, para um desempenho fenomenal. Além disso, Robert Elswit arrecadou o de Best Cinematography e o filme foi ainda nomeado para outras seis categorias, incluido melhor filme e melhor realizador.

Além de Day-Lewis, participam, entre outros, Dillion Freisier (o filho adoptado que fica surdo), Ciaran Hindse (braço direito de PlainView) e Paul Dano (que faz tanto de Paul como Ely Sunday). Gostei também bastante deste último, uma personagem muito intensa e real.

A história é uma adaptação de uma história verídica, assim como as personagens são baseadas em pessoas que existiram mesmo. O filme retrata a ascensão de um trabalhador na indústria do petróleo, desde o trabalho mais baixo e sujo até se tornar rico e dono de muitas extracções. Mas assim como vai crescendo em importância, Plainview vai ficando "maluco". É um homem cheio de ódio e com vontade de se vingar de toda a gente que lhe faça e até acaba por rejeitar o filho quando ele decide emancipar-se.

Grandes cenários, grande fotografia, diálogos intensos e cenas inesquecíveis, principalmente a do baptismo de Daniel.

Um filme para rever algumas vezes e nunca ficar desgastado.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Timer (2009)


Vi este filme ontem no FantasPorto e gostei bastante. Fui surpreendido com a ausência de legendas no pequeno auditório mas de qualquer maneira percebi bem o conceito inovador e o filme em si.

Um dispositivo que indica quanto tempo falta para uma pessoa encontrar a sua alma gémea, a pessoa com quem vai passar o resto dos dias. Claro que as pessoas confiavam nisto e rendiam-se às vantagens do sistema, e deixavam logo o namorado(a) mal soubessem que um dispositivo não coincidia com o do outro.

A isto junta-se uma quase trintona desesperada pelo seu Timer estar a zeros (Emma Caulfield), uma irmã despreocupada que se enrola com todos até o seu Timer chegar ao dia do "encontro" (Michele Borth), entre outras histórias. Com participação também de John Amedori, Desmond Harrington e JoBeth Williams.

Se tiverem oportunidade, não deixem de ver porque vale a pena.

Nota 8

Os Óscares de 2008.

Daniel Day-Lewis stars in Paul Thomas Anderson's There Will Be Blood.
Este Domingo à noite irá realizar-se a célebre cerimónia dos Óscares. E nestes dois dias, sem alguma conexão com a cerimónia a realizar-se no Domingo, revi duas obras-primas que disputaram diversos títulos nesse ano: There Will Be Blood e No Country for Old Men. O primeiro, adorei-o da primeira vez que o vi, o segundo, tive de rever para me apaixonar. E nesse ano, No Country for Old Men destronou Haverá Sangue e Paul Thomas Anderson, onde o filme deste ganhou a Melhor Fotografia e, como não podia deixar de ser, Daniel Day-Lewis levou a estatueta de Melhor Actor. E aqui é que reside a curiosidade pois quem viu os dois filmes sabe que Javier Bardem e a sua personagem no filme dos irmãos Coen é, indubitavelmente, a personagem principal. Mas, Bardem levou a estatueta de Melhor Actor Secundário pois seria muito difícil (ou até mesmo impossível) vencer Day-Lewis. O que foi triste nesse ano foi There Will be Blood não ter sido reconhecido mas agora é considerado um dos melhores filmes da década e P.T. Anderson um dos melhores realizadores dos últimos anos. Por outro lado, os Coen saíram reconhecidos. No final, todos saíram a lucrar mesmo que ainda falte a estatueta dourada a P.T. Anderson, o espectador agradece pois este foi o verdadeiro vencedor nesse ano.
Isto é só uma prova que isto dos Óscares nem sempre premeiam os melhores e nem sempre o conseguem como este ano (2008) entre estas duas obras-primas que terão as suas críticas brevemente.
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sábado, 26 de fevereiro de 2011

The Social Network (2009)

 

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“Facebook me”

A criação de um império. Neste filme não existe a queda. Existe a génese de um  website de qual todos ouvimos, conhecemos e usamos: (the)Facebook.

O filme prova que nem tudo é um mar de rosas. Muito menos para o desconhecido e impopular Mark Zuckerberg que, depois de levar com os patins, inicia um projecto que leva à queda da rede de Harvard. Situamo-nos em 2003. Uma cadeia de eventos leva à criação do Facebook. Hoje, ele existe, pelo meio atravessaram-se tribunais, amizades rompidas, processos judiciais e montes de dinheiro.

Este filme foi realizado pelo genial David Fincher que já nos “deu”, por exemplo, Fight Club e Se7en. Duas obras-primas. E este filme talvez se junte a ele. O tempo dirá. Fincher é espantoso assim como a sonoplastia e o trabalho dos actores mas o que mais impressiona é o argumento de Aaron Sorkin, que se demonstra como o exemplo perfeito de um argumento. Vê-se a intensidade dramática a crescer, as bases criadas e a chegada do desfecho de, certa forma, surpresa. Mas é aqui que falha. Não é culpa de Fincher nem de Sorkin mas talvez pelo assunto ser tão recente pois não duvido que se fosse feito daqui a uns anos teria um final muito mais glorioso. Mas mesmo assim é inegável. A Rede Social pertence aos melhores do ano. Um assunto como estes não teria resultado assim se não fosse Fincher.

 

nota 8

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A premissa de One day.

 

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Escrito por David Nicholls, One Day é um bestseller internacional que se centra na história de Dexter e Emma que após se terem conhecido em 1988, na faculdade, um dia antes da formatura continuam a encontra-se naquele mesmo dia, 15 de Julho, todos os anos mesmo seguindo vidas separadas.

O poster já saiu e Dexter e Emma serão interpretados por Jim Sturgess Anne Hathaway, respectivamente.

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The Godfather, part 2 (1974), por Ricardo




A segunda parte da trilogia podia muito bem fazer parte da primeira, se bem que seriam quase seis horas de filme. Não que eu me importasse. Mas sem dúvida que há poucas diferenças entre os dois filmes, além claro da inclusão de Robert de Niro (Oscar para melhor actor secundário) para interpretar o início da "carreira" de Vito Corleone. Quanto a Marlon Brando, estou dividido; por um lado, gostava que ele tivesse participado, mas por outro penso que não seria exequível fazer dele um miúdo de 25 anos.

Gostei dos flashbacks constantes para por um lado mostrar o início da "Famiglia" e por outro mostrar os destinos do sucessor.

Mais de três horas de filme em que vemos os detalhes todos da história, não falta nada e não fica nada por se saber. Al Pacino está sublime. Gostei também de Robert Duvall embora Hagen esteja agora menos interventivo.

Michael Corleone é uma personagem que ficará sempre na memória de quem viu os filmes.

Ganhou 6 Oscares (melhor filme, melhor realizador e o já citado para Robert de Niro) e foi nomeado para outros 5 (entre eles Al Pacino para melhor actor).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Babel (2006)

Babel, realizado por Alejandro Gonzalez Inarritu (21 Grams) ganhou o Oscar para Melhor banda sonora e foi nomeado para outros seis. É um bom cartão de visita para este filme. Sem ser uma obra-prima consegue manter uma pessoa atenta ao longo dos 143 minutos.

Quatro histórias paralelas e relacionadas entre si mostram-nos alguns dos problemas que se nos deparam na actualidade. Filmado em três continentes, presenteia-nos com realidades distintas, tanto em Marrocos, como no Japão e no México.

A história da japonesa surda-muda é particularmente intensa e perturbadora. Rinko Kikuchi tem um grande papel que lhe valeu a nomeação para o Oscar de Melhor actriz secundária. Tem problemas com o pai, a mãe suicidou-se, tem os problemas físicos que já escrevi em cima e além disso ainda tem problemas em ser virgem e consigo própria.

Outro vértice do filme é protagonizado por Brad Pitt e Cate Blanchett. Um casal a quem um dos filhos morreu e que vai numa viagem a Marrocos para tentar a reconciliação. Ela acaba baleada numa brincadeira de crianças.

Essas crianças são outro vértice. Andam a guardar as ovelhas com uma arma que o pai da japonesa ofereceu a um amigo do pai. Aqui vê-se a pobreza extrema existente, a aridez e a dispersão do território marroquino.. E até o facto de uma das crianças fantasiar com a irmã.

Por último, a ama dos filhos de Pitt/Blanchett (Adriana Barraza) leva-os até ao México a um casamento. Até aqui tudo bem, a viagem de regresso é que não corre muito bem.

Uma pequena nota para Gael Garcia Bernal. Uma participação muito reduzida, infelizmente.

Hoje (pré)abre o Fantas!

Critérios de Classificação.

 

No nossa blog, Frank and Hall’s Stuff, usamos e vamos continuar a usar uma classificação de 0 a 10 conforme o valor da obra para cada um de nós. De fraquíssimo a obra-prima, eis a nossa forma de classificação que, esperamos ser apelativa e rigorosa:

 

nota 1

nota 2

nota 3

nota 4

nota 5

nota 6

nota 7

nota 8

nota 9

nota 10

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Imitation of Life (1959)


Por norma não aprecio estes filmes antigos, muito parados e com um elenco que não se reconhece facilmente. No entanto, aconselho-vos a ver este filme.

Consegue manter o espectador atento até final e tem uma história bem escrita. Questões biológicas/raciais, escolha entre ascensão social e sucesso ou felicidade, amores partilhados, dedicação como agora já não se vê. Surpreendeu-me e já não sei o que me levou a ver, mas não estou arrependido.

Dirigido por Douglas Sirk, com participação de Lara Turner, John Gavin, Sandra Dee, Sarah Kohner e Juanita Moore. As duas últimas foram nomeadas para os Oscares.

Nota 8

A Clockwork Orange (1971)

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“There was me, that is Alex, and my three droogs, that is Pete, Georgie, and Dim, and we sat in the Korova Milkbar trying to make up our rassoodocks what to do with the evening. The Korova milkbar sold milk-plus, milk plus vellocet or synthemesc or drencrom, which is what we were drinking. This would sharpen you up and make you ready for a bit of the old ultra-violence.”

Quais os parâmetros por detrás da perfeição?
Eu lembro-me da primeira vez que vi A Clockwork Orange. Não me lembro dos detalhes à minha volta mas lembro-me do ecrã e lembro-me de estar agarrado a esse mesmo. A música entrava-me pelos ouvidos enquanto Alex (Malcolm McDowell) ditava a sua história e a dos seus três droogs. O planos para a noite, a luta, a violação, a humilhação – the old ultra-violence. Iria ser, como de costume, um verdadeiro horrorshow.
Assim, após estes dias de ultra-violence, Alex é preso e irá submeter-se ao tratamento de Ludovico a fim de se curar da violência que pairava na sua mente e para fugir à prisão.
Este foi o meu primeiro filme de Stanley Kubrick. Um verdadeiro génio que nesta obra cria um novo mundo, uma nova linguagem e uma nova visão do mundo, tudo isto através dos seus olhos visionários onde a sua realização é perfeita. Aliás, A Laranja Mecânica é uma verdadeira obra-prima que deve ser visionava por todas as pessoas deste mundo. É cruel, seco e violento mas é, igualmente, um retrato fidedigno da sociedade dos dias de hoje.
E assim acaba. Encontro o parâmetro de perfeição, (não acrescentar ou retirar algo), ao qual Clockwork Orange cumpre ao som de Ludwig Van Beethoven e das palavras de Alex – “I was cured, all right”.

nota 10

sábado, 19 de fevereiro de 2011

The Godfather: Part II (1974)

 

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“Keep your friends close, but your enemies closer”

 

No fundo preto surgem as míticas palavras brancas. O título esbarrado na tela preta sem crédito iniciais, como Coppola nos acostumou. Alguém mostra o respeito a Don (Al Pacino) e, de seguida, remete-nos para Sicília e conta-nos os primórdios de Vito Corleone que, criou do nada, a Família Corleone, uma ver governada como um Império Romano por ele.

Assim, Coppola inicia a sua fábula, ora contando os primórdios de Vito, ora contando os passos de Michael, seu filho, nos dias presentes e no que a Família se tornou.

Portanto, a Parte II continua a história da parte I (crítica aqui e aqui) aumentando os detalhes e acrescentando os pontos em falta com uma banda sonora muito mais presente, com uma história mais longa mas mais intensa e com Al Pacino e outro talentoso leque de actores onde apenas Robert DeNiro tenta fazer esquecer o inesquecível Marlon Brando. A meu ver, Pacino evoluiu mas é em DeNiro que encontramos a personagem mais firme do filme e, também, uma história ainda mais interessante sobre a ascensão ao poder nas ruas de Nova Iorque.

Resumidamente falando, na segunda parte d’O Padrinho foram colmatadas as falhas da primeira parte e a única saudade é Marlon Brando.

 

Nota 9

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Alexander (2004)


Alexander é um filme sobre a vida curta e intensa do macedónio que conquistou todo o mundo conhecido da sua altura pelas palavras do seu amigo Ptolomeu. Talvez seja por eu apreciar filmes deste género (300, Troy) mas gostei bastante deste. Ptolomeu cresceu e lutou ao lado do mito, e estava em boa posição para escrever um testemunho deste género (descontando os exageros de que os gregos gostavam). 

Alexandre tornou-se Rei depois da morte do seu pai e partir daí partiu à conquista das civilizações e impérios dominadores, como o Egipto, a Índia e a gigante Pérsia. Numa campanha de apenas oito anos conseguiu isso tudo mas com um preço muito alto a pagar. Acabou por morrer quando já tinha decidido voltar a casa com o seu exército.

Ridley Scott na direcção e um elenco muito bom, com Colin Farrel, Val Kilmer, Jared Leto, Rhys Meyers, Angelina Jolie e Anthony Hopkins


Notas históricas:

- Macedónia fazia parte do território grego e é por isso que tanto Alexander como seu pai foram Reis da Civilização Grega.
- As fronteiras do mundo conhecido enquadravam-se entre a Europa, Norte de África, Montes Urais e Índia.
- No filme há uma imagem do Farol de Alexandria, no início da história que conta Ptolomeu.
- Vemos a conquista da Babilónia, que hoje em dia é areia no deserto, mas que na altura era das cidades mais avançadas no tempo e com vistas fantásticas (é pena que não tenham recriado os Jardisn Suspensos)
- Alexander criou várias cidades ao longo do seu Império com o nome de Alexandria, com a mais importante a ser no Egipto.

Nota 9

(dIrigido não por Ridley Scott mas sim por Oliver Stone, depois da correcção muito bem feita por Rui Francisco Pereira, obrigado)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Banksy e a sua controvérsia…

banksy

Banksy é um famoso street artist britânico que ten gerado enorme controvérsia. Depois do famoso e incrível genérico dos Simpsons que o artista criou (vídeo abaixo), Banksy volta a criar mau-estar desta vez perante a Academia que receia que o artista apareça na cerimónia dos Óscares mascarado, visto que o artista pode arrecadar o Óscar para Melhor Documentário ("Exit Through The Gift Shop").

Banky Simpsons Intro

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Punch-Drunk Love (2002)


É estranho ver Adam Sandler fazer este filme de PT Anderson. Apesar de alguns momentos cómicos (muito poucos), é uma performamce "séria", de um homem oprimido por ter crescido com sete irmãs e por pouco se relacionar com outras pessoas.
Devo dizer que não gostei muito de ver este filme. Digamos que é um filme razoável, com alguns momentos bons que não chegam para o tornar um filme a ver. E ainda bem que só tem 90 min, senão o aborrecimento seria maior.
Tenta ser uma comédia romântica com momentos peculiares pelo meio, mas penso que não consegue. A relação dos protagonistas (Sandler e Emily Watson) é muito estranha e pouco romântica. As irmãs são todas irritantes e os ataques de fúria de Sandler são pouco explorados.

Nota 6

domingo, 13 de fevereiro de 2011

The Godfather (1972), por Bruno Cunha



"I'm gonna make him an offer he can´t refuse". Ouvi estas palavras dezenas de vezes. Ouvi-a de um amigo que adorava este filme, ouvi-a do jogo que muito me fez estar em frente à televisão. Entretanto, chegou a altura de ver o filme. As expectativas eram altas e o frente não lhes correspondeu como eu desejava. Tempos passaram, horas, dias e meses e voltei a rever esta obra. Agora, percebo a pérola que Coppola e Puzo criaram. Agora, compreendo The Godfather.

No cerne de uma família de raízes Sicilianas, os Corleone, ingressamos no mundo dos mobsters, do jogo, das mulheres, do dinheiro desde os mais desejados prazeres até aos mais profundos e respeitosos valores familiares. Assim, compreendemos como esta e todas as outras famílias mafiosas funcionam. Todas, ligadas por elos de rivalidade e poderes, por elos de respeito e admiração mas também de vingança e desejo carnal.

Com o desenrolar da história, vemos a queda do Don Corleone (Marlon Brando inesquecível) e a ascensão do seu filho ao cargo, Michael (O jovem em ascensão Al Pacino). Embora a história central seja o funcionamento de uma típica familia mafiosa de Sicília, O Padrinho prima pelas histórias paralelas, pelos engenhos e pelos planos usados até à evolução final.

Escusado será dizer o valor moral e sentimental desta obra a qual o assunto a agrada a muitos, eu inclusivé. Ao atravessar-nos nos aspectos técnicos vemos outro grande ponto a favor desta obra. A mítica banda sonora, a crueldade da filmagem e o seu rigor, o enquadramente perfeito do argumento e uma montagem assaz competente sem nunca perdermos o fio da obra. Outro dos pontos brilhantes desta obra é, obviamente, as personagens e os actores que lhes dão vida, que junta um leque muito variado de actores como os referidos Al Pacino e o inesquecível Brando assim como Robert Duvall, Diane Keaton ou James Caan.

E espero, assim, ter sido um bom escritor a fim de escrever sobre complexa mas magnífica obra. E agora, se ainda não viram, vejam. E não se esqueçam de rever.


Nota 9


The Godfather (1972) , por Ricardo


"I'm gonna make him an offer he can't refuse"

A lendária expressão de um filme mítico. O símbolo do poder retratado em Godfather. Francis Ford Coppola e Mario Puzo conseguem atingir um nível de perfeição que só passado algumas visualizações se consegue perceber. Não há nenhum filme como este (ainda não vi a parte 2 e 3), não me perguntem se é a fotografia, se o elenco (Marlon Brando!!), se o argumento (um tema que me agrada bastante), se é a unanimidade que o rodeia ou se é tudo isto junto, mas nunca vi coisa igual. Ganhou 3 Oscares, para melhor filme, para melhor actor num papel principal (Brando) e para melhor argumento adaptado. Al Pacino, James Caan e Robert Duvall foram também nomeados para melhor actor num papel secundário, entre outras nomeações.

As relações de influência, o Poder, o respeito, os valores de Família da Cosa Nostra na América. Os benefícios, ajudas e negócios para os seus, morte e desprezo para os que se opõem. Juízes, advogados, jornalistas, sindicatos, deputados, presidentes de camâra, senadores, proprietários de casinos, restaurantes, bordeis e empresas de transportes. Tudo comprado, corrompido e partilhado com as outras Famílias. Tudo na mão da Máfia (palavra nunca utilizada no filme, assim como Cosa Nostra, a pedido "explícito" do... "Il Capo" verdadeiro).

Não vou entrar em detalhes do filme porque quem já viu já sabe e quem não viu tem obrigatoriamente que ver. E não, não é um filme de ficção. Corleone existe mesmo na Sicília, foi nesta altura que o tráfico da droga passou para o controlo mafioso, o respeito dentro da "Famiglia" é mesmo assim e até aquela reunião dos "capo" aconteceu mesmo (noutro lugar e em outras circunstâncias). Só faltou falar na "Omertá".

Hoje em dia a Cosa Nostra existe mais à custa da fama destes filmes que outra coisa, mas na altura foram eles que abriram porta à expansão da "ideia" na América.

Nota 10

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

iPad

Off-topic:

Para os amantes do iPad como eu, seguem 2 sites onde podem aprender como ver conteúdos Flash no iPad. O primeiro admito que ainda não percebi como funciona mas quanto ao segundo indica-nos a compra de uma app, por menos de 4€. Ainda não a comprei, por isso não posso aconselhar-vos, mas deixo-vos os links para verem por vocês próprios.

http://www.artefactgroup.com/content/jobs-be-damned-flash-on-the-ipad-silverlight-too/

http://www.wired.com/gadgetlab/2010/11/skyfire-ios-app/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

The Good Shepherd (2006)


Realizado por Robert de Niro (que tem uma pequena participação na trama) e com argumento de Eric Roth (Munique, Forrest Gump), The Good Shepherd é um filme longo mas que vale a pena ver. É importante lembrar que o enredo não é todo verdadeiro, mas sim uma mistura de pessoas, cargos, lugares e objectivos, se bem que tudo enquadrado em factos reais. O filme leva-nos até à fundação da CIA, os seus objectivos, as suas ligações políticas e às traições existentes, tudo visto pelo prisma de Edward Wilson (Matt Damon numa grande performance) que vai subindo na hierarquia ao longo dos flashbacks que existem. Angelina Jolie, William Hurt e Oleg Shtefanko têm também boas prestações. Este filme tem bastantes semelhanças a uma mini-série que passou há pouco tempo na sic, "The Company".

E mais não digo. Acho que já é suficiente para quererem ver o filme, se já não o viram, claro.

Nota 8

Até ao próximo post!

Where am I?

Hollywood's Top 40 Most Well Paid.

Agora já percebo o porquê do 3D de Avatar. Senhor Cameron, agora já o compreendi, qualquer um fazia um filme com o argumento do pocahontas se implicasse aumentar a sua conta bancária na ordem dos 257 milhões de dólares.


 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

The Boy in the Striped Pyjamas (2008)



Este filme não é aconselhável aos que não estao cientes das atrocidades cometidas pelos nazis. Polacos, ciganos, eslavos, dissidentes políticos (mesmo que alemães) e acima de tudo Judeus foram perseguidos, torturados, espezinhados, mortos e queimados sem justificação lógica alguma. Não há como explicar isto de outra forma. E é assustador que haja gente que vai ao fórum que o IMDB tem sobre este filme e pergunte coisas como "o que se passou na ultima cena do filme?" ou "os alemães fizeram mesmo aquelas coisas?".

Ora este filme (que é baseado num livro com o mesmo nome) fala disso tudo, nomeadamente da presença dos Judeus nos campos de concentração; das diferenças entre um miúdo (Asa Butterfield) que é filho do responsável pelo Campo (David Thewlis) e um outro (Jack Scanlon) que lá está encarcerado (que na sua essência não existem), do momento em que a mulher do facínora (Vera Farmiga) percebe no que está metida e colapsa psicologicamente, da despromoção de um soldado por não ter denunciado o pai, da propaganda do regime que conquistou a filha do crápula. Enfim, tudo sinais do que se passou naquela época.

Mas a história retrata principalmente a percepção que Bruno tem sobre o que se passa à sua volta. Nos agricultores que se vestem de pijamas, da quinta que é protegida por arame farpado, dos miúdos que lá estão esfomeados e que não podem brincar com ele, da irmã que deixou as bonecas e se virou para posters do Fuhrer.

Na relação entre Bruno e Shmuel podemos ver toda a inocência e desconhecimento da realidade de um, e o trauma e preocupação pelos familiares desaparecidos do outro.

Havia mais para dizer, mas é complicado escrever sobre isto. Na cena em que há fumo a sair das chaminés e o soldado diz que "eles" ainda cheiram pior quando são queimados, se tiverem carregado no stop não se recriminem, estão apenas a ser humanos.


Nota 10
Sobre este tema, vejam também "Hitler: The Rise of the Evil" de 2003 e "Conspiracy" de 2001, além do obrigatório "Lista de Schindler".

Até ao próximo post!

Será que vamos longe?

Lord of War (2005)


Lord of the War - Senhor da Guerra


 Ontem vi na Sic "O Rapaz do Pijama às Riscas" mas ainda não estou refeito das emoções para poder escrever sobre o filme, portanto vai ter que esperar.

Entretanto, Lord of War é um filme livremente baseado na história de Viktor Bout (ver mais no fim do post), um traficante de armas ilegais. Na minha opinião, é um filme muito bem conseguido, com uma abertura que explica o processo todo das munições, desde a sua fabricação até à cabeça de um miúdo africano e com uma grande performance de Nicolas Cage. Este é Yuri Orlov, um ucraniano que imigra para a América e que perante a ausência de perspectivas opta pelo negócio das armas.

Como sempre acontece nestes casos, tinham que meter uma relação amorosa. Desta vez, inventaram uma mulher-troféu (Bridget Moynahan) para o traficante, que a conseguiu conquistar através das mentiras que contou e do dinheiro que ganhava com o tráfico. Se nada disto aconteceu na realidade, para que foram acrescentar a mulher e o filho ao homem ? Mulher essa que passa de uma modelo inatingível e imaculada para uma artista em decadência que nem pergunta de onde vem o dinheiro.

No filme entra também Jared Leto, que faz de irmão sonhador e irresponsável, viciado em cocaína e que é arrastado para o negócio ilegal e Ethan Hawke, agente da autoridade que tenta capturar Cage.

Podemos ver ao longo do filme como os militares, os alfandegários, os responsáveis com cargos de alta patente, toda essa gente é comprada para que as armas cheguem ao destino, seja os Balcãs, sejam alguns países africanos (grande maioria, aliás), seja o Médio Oriente ou a América do Sul. Observamos também a alta qualidade de vida existente nestes países. Talvez haja alguma ligação..
Nota 8

Aqui podem ler 3 artigos sobre Bout:

Artigo de 2002
http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEFlAlFplycANgwfPZ

Artigo de 2008
http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=521

Artigo de 2010
http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-11036569


Até ao próximo post!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Black Swan (2010)


 Black Swan - O Cisne Negro 

O que é Black Swan? Se existe uma definição que consiga abranger tal esplendor e perfeição, digam-me. Black Swan não é um filme de ballet, nem sequer é um filme sobre ballet. Este, serve, apenas, como pano de fundo a uma personagem que se vê dividida ao interpretar o Cisne Branco e o Cisne Negro na peça "O Lago dos Cisnes".

Esta personagem, Nina (arrebatadora Natalie Portman), é uma personagem frágil e inocente, criada no berço da mãe, luta todos os dias pela perfeição dos movimentos e pelo seu controlo. Ao contrário da perfeição para o papel do Cisne Branco, Nina precisa de se soltar, de mostrar o seu ser sensual e agressivo, ou seja, uma personagem totalmente diferente ao seu comum ser.

Assim, a história desenrola-se através de uma divisão de mentes e no cerne de pressão. É, claramente, uma trama psicótico e emocional.
Darren Aronofsky torna a sua obra em algo brilhante ou até mesmo perfeito.
A cada plano e enquadramento, a cada diálogo ou movimento de câmara (Início, cena da discoteca e cena final são brilhantes), a cada desenrolar da história, a cada actor perfeitamente coordenado e a cada nota da banda sonora, o filme torna-se perfeito. Afinal, tem tudo para o ser.
Num último suspiro, num final previsível mas igualmente encantador, ela suspira "I was perfect" e o filme continuará a ser.


10/10
(Em breve apresentaremos uma classificação mais criativa)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mad Men


Há pouco tempo acabei de ver a quarta temporada de Mad Men. Para quem não sabe (provavelmente ninguém) é uma série de sucesso sobre o mundo da publicidade na década de 60 que se passa na Madison Avenue, em New York. Da sua profissão e das suas características profissionais vem o nome M(ad) Men. Ainda não há data para a quinta temporada ou sequer se vai haver (se alguém tiver mais informação é favor partilhar), mas de qualquer das maneiras Mad Men já tem o seu lugar reservado na galeria dos melhores projectos televisivos dos últimos anos. Ganhou 4 Globos de Ouro e 45 outros prémios no meio de 84 nomeações.

Não é uma série fácil de perceber e admito que houve episódios em que senti que estava a perder alguma coisa, mas penso que ninguém conseguiu realmente entender tudo, porque os diálogos são bastante elaborados e remontam sempre a coisas que se passaram anteriormente na série (e nem sempre nos lembramos de tudo) ou então falam de pormenores que só quem está bastante informado da realidade americana da altura consegue perceber. Isto foi o destaque negativo; de positivo há a destacar várias coisas, como o elenco, o guarda-roupa, os cenários, a envolvência histórica, a precisão da informação que nos é dada a saber e as relações inter-pessoais.

O cenário é muito bem trabalhado, os dados históricos relevantes são bastantes precisos e há várias relações retratadas. As personagens vestem-se com uma classe tal que apetece viver nesse tempo.. Mas acima de tudo, dois pontos-fortes: ficamos a saber como era a América e o mundo em geral, pela visão dos homens de negócios e de outras pessoas que a série nos presenteia e a qualidade do elenco, com Vincent Kartheiser (Peter Campbell), Elizabeth Olson (Peggy Olson), John Slattery (Roger Sterling!) e principalmente Jon Hamm (Don Draper).

Don Draper é aliás a cara de Mad Men. O melhor "advertiser" de NY, um conquistador a quem nenhuma mulher resiste, homem rico e conhecido no mundo em que está envolvido, aliciado por todas as empresas concorrentes da sua e com um passado obscuro.

Temos referências a vários assuntos marcantes e a tendências daquela época, como a constante presença do tabaco (tanto eles como elas), do álcool (é incrível como eles estão sempre a beber em todos os episódios), do racismo, da diferença entre o homem e a mulher, a eleição de JFKennedy e o seu assassinato, a ameaça nuclear do início da década, o discurso de Luther King em Washington, o advento da televisão, a Guerra Fria, as diferenças entre NY e a Califórnia e até os problemas que os veteranos tinham em fazer negócios com os japoneses.

Enfim, por isto e por muito mais, aconselho a verem a série.

Nota 9

Até ao próximo post!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Levem-me a Paris!


Estou aberto a propostas para quem me quiser levar a Paris entre Março e Julho a fim de visitar, entre outras coisas, esta (penso eu) espantosa exposição de Stanley Kubrick.

Visto em O Homem que Sabia Demasiado