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Embaixadores

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

And the Oscar goes to... (the one who likes Hollywood)



Como todos sabem, este Domingo à noite ocorreu a 84ª edição anual dos prémios da Academia ou, como todos dizem, os Óscares. Estes, apesar de não serem os que maior premeiam o talento, são, certamente, os prémios com mais glamour e mais relevantes em Hollywood.

 Por isso, não vou dizer os vencedores dos Óscares pois isso todos nós já sabemos. Por outro lado, vou dizer o que achei da cerimónia em si.

 Assim, os Óscares foram, mais uma vez, atribuídos a quem mais retrata e enaltece o valor dos Estados Unidos da América e, por sua vez, quem mais enaltece o valor de Hollywood. Desta forma, The Artist é um filme mudo realizado e interpretado por franceses mas era o único nos nomeados totalmente filmado em Los Angeles. Daí que o tão desejado prémio tenha ido para eles.

 Por outro lado, no meio dos discursos com a pronúncia irritante francesa visto ser The Artist a levar os galardões, existiram alguns discursos que fugiram ao timeline imposto pela Academia (já nem um discurso decente pode ser dado com calma e emoção!), nomeadamente o de Meryl Streep (que pareceu ser a única que não sabia que era ela que levava o Óscar para casa!), que, como disse, devia ser a última vez que pousava aquele palco como vencedora. Enfim, uma vitória justa para a maior promotora dos Óscares (sempre que faz um filme, nós lembramo-nos que vão haver os Óscares!).

 Dito isto, realçar Hugo que, para Scorsese não sair de mãos a abanar (ele já está habituado (infelizmente)), arrecada alguns prémios na parte técnica. Num mesmo panorama de derrotado, sai The Descendents e Moneyball.

 Finalmente, apenas dizer que, apesar de nunca ter ganho, Stephen Daldry tem todos os seus filmes nomeados para os Óscares. Uma rara proeza que, mesmo ao sair derrotado, anima qualquer um. Assim como a irreverência de Woody ao, mais uma vez, não aparecer para recolher os louros (talvez tenha tido algum concerto num bar).

 E, como não me podia esquecer, falar de Billy Crystal que teve alguns momentos hilariantes numa cerimónia que o maior defeito a realçar é a má escolha dos vencedores.




sábado, 25 de fevereiro de 2012

Buried (2010)

Filmado em 17 dias, com um cenário apenas e com uma única personagem (Ryan Reynolds), Buried deve ser o filme mais "simples" que já vi. Paul foi enterrado vivo dentro de um caixão, com um telemóvel e um isqueiro. Será suficiente para conseguir sair dali?

Filme não aconselhado a pessoas com claustrofobia.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

American Horror Story (2011)

Esta recente série é tão estranha como fantástica, tão original como criativa. Já estava a contar com episódios de qualidade e pude comprovar isso agora que a vi. Em dois dias, já agora. Em menos de 24 horas. Só isso já diz muita coisa. É cativante, bem filmada, bons actores e com boas ideias. E mais importante, consegue manter uma certa lógica e uma certa realidade. Claro que nem toda a gente acredita em mortos que falam com vivos e essas coisas. Mas a série consegue não passar a fronteira do irreal, consegue ser verosímil e manter uma áurea de realismo.

A segunda temporada está confirmada para o final do ano e vai ter novas personagens, novo espaço físico mas as mesmas ideias.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

28 days later (2002)



Danny Boyle já contava com duas obras de relevante valor no seu curriculum (The Beach e Trainspotting), quando iniciou este projecto. 

Boyle entra no género de terror, apresentando um filme que tem como base um vírus que demora 28 dias a espalhar-se pelas ruas do Reino Unido (e do mundo, provavelmente) e retoma acção com um paciente (Cillian Murphy) que acorda no hospital (Não é The Walking Dead) sem saber em que caos está a cidade.

Assim, 28 days later mostra o caminho de um grupo de pessoas que tenta encontrar abrigo seguro e, talvez, a cura. Contudo, o filme consegue tocar em pontos de debate interessantes embora menosprezados como, por exemplo, se estaria o mundo preparado para uma pandemia assim como aprofunda as emoções das personagens e procurar encontrar o belo no ambiente apocalíptico.

Desta forma, a obra de Danny Boyle apresenta uma premissa interessante e uma ideia refrescante que são suficientes para assustar e debater sobre certas questões da humanidade mas, com o desenrolar, torna-se num filme preparado para agradar as massas e assustar facilmente. Resumindo, um filme razoável com toques frenéticos e alucinantes (marca do autor) e pronto a assustar.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Beautiful Mind (2001)

Revi ontem este filme de Ron Howard embora não tenha gostado tanto como da primeira vez, continuo a achar um filme de extrema qualidade. Crowe está muitíssimo bem, está acompanhado por um elenco forte, Ed Harris, Jennifer Connelly entre outros (Paul Bettany, Christopher Plummer, Adam Goldberg), a caracterização é de alto nível (tinha que ser, para conseguirem mostrar a evolução da idade nos personagens) e a história (muitas das partes são verídicas) é cativante.
No início John Nash é apenas um estudante que não vai às aulas e que procura uma ideia original que o lance na vida. Acabou por ser um matemático de renome mundial com ideias marcantes a muitos níveis académicos. Entre esses dois pontos, houve quarenta de anos de vida "atribulada" que o filme nos conta.

Um filme a não perder!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sleepers (1996)



Barry Levinson é, a meu ver, um realizador mais que dramático. Realiza histórias comoventes recheadas se sentimentos fortes prontos a arrancar lágrimas aos mais sensíveis espectadores.

Desta forma, Sleepers tem uma história forte e comovente, que mostra a importância da amizade e união nos tempos mais difíceis e importantes da vida. Assim, o leque de actores apresenta-se sempre capaz, desde as crianças ao adultos, com estrelas em ascensão e com actores famosos para corroborar isso mesmo.

Portanto, Barry Levinson realiza um obra sóbria pronta a enfatizar valores como, por exemplo, a amizade mas também a mostrar as consequências dos actos. Nota-se, pois, em Sleepers, um motivo de força maior para a criação deste filme visto a história ser verídica.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Birth (2004)

Mais uma participação especial da minha namorada, que já tinha escrito a crítica a Castle (espero que o Bruno não me dê na cabeça.. :D )


Um homem morre. Um bebé nasce. Estará a morte de alguma forma relacionada com o nascimento?
Anna (Nicole Kidman) sempre foi uma mulher apaixonada por Sean, seu marido. E mesmo após vários anos da sua morte, ela afirma - “You know I loved Sean so much, and its been so long that I still can't get him out of my system."
A sua vida começa a recompor-se e Anna, após dez anos da morte de Sean fica noiva de Joseph (Danny Huston), até que um rapaz pequeno se apresenta como Sean (“It’s me, Sean!”). Primeiro Anna ri-se, mas depois, e porque o pequeno rapaz sabia muitos pormenores sobre a vida dos dois, pormenores íntimos, começa a acreditar no rapaz. Mas será mesmo ele o verdadeiro Sean? Não estará o rapaz a mentir?
Note-se o papel de Cameron Bright (pequeno Sean) muito bem desempenhado, apesar de criança, tem um comportamento muito adulto, dividindo o ecrã com Nicole Kidman, participando mesmo em algumas cenas mais íntimas com esta.
Um filme que capta a atenção, apesar de ter alguns momentos mais mortos. A música ajuda na criação do “suspense” que está presente em quase todas as cenas. Um fim que é no mínimo surpreendente.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Misfits (2009-...)

Não sei se alguém já vê esta série, mas está aqui uma pérola de ficção científica britânica. A sério, não percam, Axn Black, aos domingos à noite. O primeiro episódio então é fenomenal!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

RocknRolla (2008)

Tirando o género das sequelas, acho que nunca vi um filme tão semelhante a outro como este RocknRolla e Snatch. Está bem que o realizador é o mesmo (Guy Ritchie) mas escusava de serem tão iguais. Histórias paralelas, passadas em Londres, sotaques acentuados, ritmo frenético, crime, corrupção, actores conhecidos (Butler, Thandie Newton, Mark Strong, Tom Hardy, Jeremy Piven). Todas estas características estão presentes nos dois filmes!
Não deixa de ser um bom filme, sem dúvida, mas assim pôs-se a jeito para ficar a perder na comparação. Quem ainda não tiver visto os dois, veja este primeiro que lhe vai dar muito mais valor.

Jackie Brown (1997), por Bruno


Com Django Unchained a dar que falar, Jackie Brown era o único filme do cineasta que ainda não tinha visto. Ao situar este filme na carreira do realizador, Jackie Brown é lançado em 1997 após os sucessos de 1992 e 1994, Reservoir Dogs e Pulp Fiction, respectivamente. E ao colocar Jackie Brown após estes dois filmes, é perfeitamente compreensível a fasquia imposta nesta obra.

Mas Jackie Brown só poderia ter sido realizado por Quentin Tarantino. As cores, os diálogos, o storytelling, a violência, enfim, toda a sua atmosfera é de um filme à lá Tarantino.

Apesar de estarem dispostos todos os ingredientes de um filme Tarantinesco, Jackie Brown apresenta-se como uma obra menor na filmografia do realizador. De certa forma, desilude mais pelas expectativas impostas do que, a meu ver, pelo que este filme também não resulta - o propósito da história. Qual é mesmo?


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Terra Nova (2011)

Já li várias críticas à série, algumas por tudo e por nada, sem sentido nenhum, mas olhem, eu cá gostei. Aceito que no início teve alguns episódios quase monótonos, que por vezes tinha alguns clichés e enredos para um "público infantil" mas também tem bons actores, tem cenários pré-históricos, tem um cenário futurístico bem montado, tem uma história com vários pontos de interesse (sim, mais para o fim da temporada, eu sei) e aquela ideia de sobrevivência que gosto bastante.
Tem o Spielberg lá metido, tem actores como Christine Adams, Shelley Cone e principalmente Stephen Lang e Jason O'Mara.
Para quem não sabe, a série começa no ano 2149, num planeta ecologicamente destruído e a solução é voltar atrás no tempo, para a era dos dinossauros. Montam lá a barraca e começam uma nova civilização.

Quanto à renovação para a segunda temporada, é improvável mas pode acontecer. Pelo que li não teve audiências suficientes para o elevado custo de produção, mas a decisão está para sair brevemente.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Shadows and Fog (1991)



Woody Allen é um mais activos realizadores contemporâneos. A sua longa e variada filmografia ditam isso mesmo. E apesar do seu circuito mais comercial e aclamado pela crítica, Woody apresenta algumas obras que, de certa forma, se apresentam outsiders na sua filmografia, fugindo aos parâmetros comuns utilizados pelo realizador.

Desta forma, Shadows and Fog permanece nessa categoria. Esta obra além de fugir aos típicos dramas amorosos em NY, apresenta uma cidade anónima onde tem um serial killer que ataca pelas sombras nas noites de escuridão e nevoeiro. Assim, a personagem de Woody vê-se envolvida num plano, embora sem saber a sua função, para caçar o serial killer. Pelo meio, desde palhaços a um bordel, o filme tem de tudo.

Portanto, Woody Allen além de fugir às cidades emblemáticas, como de costume, foge também à cor. Filmado a preto e branco, aprecia-se a beleza estética com simplicidade e contorno que só apenas estas duas cores conseguiriam dar. E apesar de ser uma espécie de policial, a comédia está lá. Aliás, atrevo-me a dizer que este é um dos argumentos mais grandioso que alguma vez escreveu.

Assim, Shadows and Fog permanece como uma boa obra que reúne um bom leque de actores com um argumento espantoso (com as típicas decisões morais) e com uma beleza estética espantosa. E a ironia está em este ter sido um dos filmes menos rentável e um dos mais caros a produzir.