BeRuby

Embaixadores

domingo, 30 de outubro de 2011

Clerks (1994)


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Ver Clerks é assistir ao pico máximo desse dia. É não saber reagir após o final. É não saber como um génio destes que filme a preto e branco porque não tinha orçamento para filmar a cores, faz uma das mais brilhantes e subvalorizadas obras de todos os tempo.
Assistir ao Clerks é assistir a um fenómeno. A única pergunta que me faço é como é que os responsáveis por esta produção não vivem no céu?
Clerks é a obra máxima da comédia e a verdadeira resposta ao rumo da vida.
nota 10[4]

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

The Darjeeling Limited (2007)


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The Darjeeling Limited conta-nos a história de três irmãos que embarcam numa viagem espiritual. De certa forma, essa viagem espiritual também é nossa.
Wes Anderson não falha em transmitir a mensagem do filme que pode ser interpretada de diversas maneiras. Pode-se interpretar que a vida é finita. Pode-se interpretar que devemos olhar pela nossa família.
O que Anderson consegue neste filme, é mais um filme de autor. Cinema único e cómico ao sei jeito. Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman interpretam perfeitamente os três caricatos irmãos.
Resumidamente, The Darjeeling Limited é o filme que nos oferece o que os actores recebem. Cabe a nós interpretar o seu sentido no cenário peculiar de Anderson.
nota 8[5]

sábado, 22 de outubro de 2011

V for Vendetta (2006)


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“People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people.”

V for Vendetta é mais que um filme, é um mensagem. Uma mensagem idealista e contra a opressão. Com o intuito de nos captar em vez de nos entreter, V for Vendetta é uma complexa obra.

James McTeigue  era (ainda é) um desconhecido. Envolto em grandes produções como o Matrix, James passava despercebido como realizador assistente. Nesta obra, James dá um salto de fé para uma produção que podia ser uma grande obra com um grande propósito ou apenas mais um filme sobre um super-herói que sabia karaté. Felizmente, conseguiu a primeira.

V for Vendetta além do seu aclamado e prodigioso argumento, este filme também apresenta uma imaculada e vibrante banda sonora assim como um talentoso grupo de actores.

Mas o que interessa em “V” é a sua mensagem. O seu propósito. O seu ideal. Uma obra facilmente aplicada a um dia do nosso quotidiano e/ou a um futuro não muito distante. Mais do que o seu talento, V for Vendetta prima por nos apresentar um fonte de coragem e veracidade sobre um mundo que pode muito bem ser o nosso.
nota 9[5]

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Submarine (2010)


Um cenário cinzento. Um adolescente diferente. Um mundo completamente normal.
Quando se olha para Submarine vê-se mais que uma simples produção de Gales. Existe nesta peça uma espécie de pérola submersa, à espera de ser encontrada. Não é lamechas, é a vida real.
Oliver Tate (um espantoso desconhecido Craig Roberts) é uma rapaz envolto em palavras difíceis e em sonhos. Conhece a rapariga que, pensa ele, lhe irá afectar a vida inteira. O mundo de Oliver muda deste então.
Perante as indiferenças e problemas de comunicação dos pais, perante a amargura da escola e perante a socialização unida com o amor, Submarine torna-se numa importante obra sobre como é ser um adolescente. Não são cheer leaders e jogadores de futebol perante um cenário colorido com adolescentes a conduzir carros e aulas divertidas. É um mundo cruel, ingénuo e triste. Depende do que fazemos dele. Se fazemos falta nele. Como um submarino, muitos adolescentes sentem-se afogados. Oliver é um deles.
nota 8[5]

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Lord of the Rings (2001/2002/2003)


Vou abordar Lord of the Rings como apenas um filme de nove horas. Não é por acaso que foi tudo gravado junto e de uma só vez.A história escrita por Tolkien e passado para o cinema por Peter Jackson traduziu-se num filme épico e memorável.Devo admitir que só agora vi a trilogia. Sabia que existia mas nunca tinha prestado muita atenção a este "conto de fantasia". Até que um dia fui ver a lista da IMDB dos melhores filmes e lá estavam os três no top 30, com o último a estar no top 10. Via listas e referências de vários bloggers aos melhores filmes que já tinham visto e lá estava a trilogia. Lia sobre os recordes de bilheteira e lá estava a dita. Havia aqui alguém enganado. Ou as pessoas todas ou eu. Decidi ver. Vi todos seguidos. Agora percebo as pessoas.Não é que tenha ficado apaixonado pela Terra Média, apenas tenho a dizer que percebo o porquê do entusiasmo. Aquela mitologia toda, um dialecto imaginário, povos tão diferentes, cenários deslumbrantes, bons actores, batalhas épicas, cidades colossais. Mas não dou mais que um oito, porque achei fantasia a mais em alguns pontos. E o próprio Mr. Frodo me parece muito fraquinho para a responsabilidade que tinha ao peito. Não fosse Sam e ele repetidamente se ia abaixo. Vacilou até ao fim.Grandes participações de nomes bastantes conhecidos, (na altura ou só agora) como Viggo Mortensen, Orlando Bloom, Elijah Wood, Ian McKellen. Sean Astin como Sam. Liv Tyler protagonista dos únicos beijs no ecrã (finalmente um filme que não precisa disso para ser alguma coisa). Cate Blanchett. Billy Boyd e Dominic Monaghan como os pequenos Hobbits. Enfim, um mar de gente num filme que rendeu 1400% do investimento inicial. My Precious!!

domingo, 9 de outubro de 2011

Garden State (2004)

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Há filmes que nos caçam logo no seu início. É o caso de Garden State.
Uma peça de arte que só há duas opções quando se fala dela: ou se fala muito ou se fala pouco. Uma coisa é certa: Garden State mexeu-me no coração e rodopiou o cérebro. Poucos filmes o fizeram e poucos o farão (espero enganar-me). Não é o melhor filme de sempre mas nunca aspirou a ser. Em vez, Garden State tenta mostrar um lado sensível e indie expresso em muitos filmes mas nunca esmiuçado como neste. Mas não vos espera uma obra fácil.  Garden State não nos mostra as respostas apenas nos diz os caminhos. Afinal o que é a vida?
nota 9[5]

sábado, 1 de outubro de 2011

Hank Moody e a sua série.

CALIFORNICATION
Ver Californication, ou mais propriamente, assistir à personagem de David Duchovny, Hank Moody, é como um assistir a um belo dia de verão e sentir a súbita vontade de transformar esse dia no melhor dia da sua vida mas sem saber como. Olhar o seu jeito desajeitado e tóxico e querer, de facto, tornar-se nessa caricata personagem. Há um desejo, nem que seja infinitamente pequeno, de ser como Hank Moody. Não há como negar. Assim como não se pode negar que o papel de Hank foi feito especificamente para David Duchovny. Quem diria que Fox Mulder não era “a” personagem para Duchovny?
Todos os que tiveram o prazer de assistir a Californication sabem do que falo. Quem não viu, ainda não percebo o que está a fazer a ler este texto ridículo de um rapaz que fez um pausa de Hank Moody, perdão, Californication.